A c ta P o é tic a 2 0 1999 M a ria n a M a se ra “Vuela, vuela, pajarito” : relaciones entre el cancionero medieval hispánico y el cancionero popular mexicano contemporáneo L a s a v e s y la lírica castellana E l o rig e n d e la s a v e s e n la p o e s ía e s d if íc il d e tr a z a r , p u e s d e s d e tie m p o s re m o to s so n lo s s e re s v iv o s m á s d e s ta c a d o s p o r lo s p o e ta s d e d is tin ta s r a z a s y tie m p o s .1 L a p o p u la r id a d d e la s a v e s s e p u e d e o b s e r v a r e n la v a r ie d a d d e m o tiv o s p o é tic o s q u e la s in c lu y e n ; b a s te r e c o r d a r lo s p r e lu d io s d e la p o e s ía f r a n c e s a m e d ie v a l d o n d e a p a r e c e e l c a n to d e lo s p á ja r o s c o m o e le m e n to c e n tr a l d e l m o tiv o d e la lle g a d a d e la p r im a v e r a o la s a lb a s y a lb o r a d a s d o n d e e l c a n to d e l r u is e ñ o r a v is a a lo s a m a n te s la lle ­ g a d a d e l d ía . 1 L a s a v e s fu e ro n c o n s id e ra d a s s ím b o lo s d e e s p iritu a lid a d y c o m u n ic a c ió n . A s im is m o la s a v e s se a s o c ia n c o n e l p e z y e n o tr a s c u ltu r a s r e p r e s e n ta n u n s ím ­ D ictionary o f Sym bols a n d Im agery ( A m s t e r d a m : 1 9 7 6 ) , s. v. Birds. V é a s e t a m b i é n l o q u e a p u n t a J c a n C h c v a l i e r y A l a i n G h c e r b r a n t e n D ictionnaire des Sym bol es ( P a r i s : K o b e r t L a f f o n t & J ú p i t e r . 1 9 S 2 . s .v . oiseu), y m i e s t u d i o s o b r e e s t e t e m a e n l a l í r i c a m e d i e v a l p o p u l a r e s p a ñ o l a ( M a r i a n a M a s e r a , Sym bolism and Som e O iher A s p e a s o f Traditional Lyrics: A C om parative Stu d y o f Late M edieval Lyric a n d M odern P opular Song, t e s i s d e d o c t o r a d o : Q u c c n M a r y a n d W c s t f i c l d C o l l e g e , 1 9 9 5 , p p . b o lo fá lic o (A d d e V ric s , N o rth - H o lla n d P u b lis h in g C o m p a n y , 2 4 5 - 5 8 ) . E l te m a d e la s a v e s e n la lír ic a m e x ic a n a h a p r e o c u p a d o ta n to a e s c r ito r e s c o m o a i n v e s t i g a d o r e s a l g u n o s t r a b a j o s a l r e s p e c t o s o n : S a l v a d o r N o v o , La s aves en la p o esía castellana ( M é x i c o : F C E , 1 9 5 3 ) ; A r t h u r T . H a l l o , Eos: A n Inquiry into ¡he T hem e o f L o vers ’ M eetings a n d P artings at D awn in P oeiry ( T h e H a g u e : 311 A p e s a r d e la g ra n v a rie d a d d e a v e s q u e p u lu la b a n en la p o e s ía , é s ta s p a re c e n h a b e r d e s a p a re c id o ; e n p a la b r a s d e S a l­ v a d o r N o v o : “ h u i d o d e l a p o e s í a m o d e r n a ” .2 E l p o e t a c o m e n ­ ta q u e , p o r e l c o n tr a r io , s e h a n id o a r e f u g ia r la s p a r v a d a s a la p o e s ía p o p u la r. L a g r a n v a rie d a d d e a v e s q u e e x is te e n e l c a n c io n e ro p o ­ p u la r m e x ic a n o h a s id o d e s ta c a d a p o r M a rg it F r e n k , q u ie n e n u m e r a a lg u n a s d e la s e s p e c ie s q u e a p a re c e n e n la s c o p la s : c h u p a rro s a s , g a rz a s , c e n z o n tle s , jilg u e ro s , p rim a v e ra s ; p e ric o s , p a p a g a y o s , c o to rra s ; c u ic a c o h e s y c h a c h a la c a s ; u n o q u e o tro p iju l, to to l, g a llo ; á g u ila s r e a le s c im p e r ia le s ; m u c h o g a v ilá n o g a v ila n c illo , g u a c a m a y a , g o rrio n c ito ; el p á ja ro c a rd e n a l y el c a rp in te ro , el p á ja ro c ú , e l a c a g u a le ro , ja ra le ro , la g u n e ro , m a n z a n e ro , p la ta n e r o , m a ñ a n e ro , h e c h ic e ro ; e l p á ja r o c o lo r a ­ d o , e l v e rd e , e l a z u l, e l p r ie to , y e l p á ja r o m u la to , d e c o lo r a z u l o s c u ro y a n tifa z n e g ro , q u e s a b e im ita r e l c a n to d e o tra s a v e s ; e l p á ja r o p a is a n o , e l v ilá n , e l g a lá n y e l t ild ío ; p o r s u p u e s t o , la p a lo m a y e l p a lo m o , el to r d o , la to rc a z a , la to r to lic a , a d e m á s el te c o lo te , e l z o p ilo te , e l q u e n r e q u e ...3 D iv e rs id a d q u e d is tin g u e ta m b ié n a l c a n c io n e ro m e x ic a n o d e l c a n c io n e ro p o p u la r h is p á n ic o . L a v a rie d a d d e e s p e c ie s y la r iq u e z a d e s itu a c io n e s e n la s q u e a p a re c e n p u e d e in te r p re ­ ta rs e c o m o u n a im p r o n ta d e la c u ltu r a in d íg e n a p r e h is p á n ic a , d o n d e la flo ra y la fa u n a c ir c u n d a n te e ra n e le m e n to s p o é tic o s e s e n c ia le s d e lo s c a n to s . C o m o a f ir m a M a r g it F re n k : e s im p o r ta n te te n e r e n c u e n ta q u e la s c o p la s q u e h o y s e c a n ta n e n to d o e l m u n d o h is p á n ic o n o s e re m o n ta n m á s a llá d e l s ig lo M o u to n , 1 9 6 5 ); p a ra a v e s e n e l c a n c io n e ro p o p u la r m e x ic a n o v e á s e M a r g it F re n k . Charla de pájaros o la s aves en la poesía fo lklórica m exicana d a d N a c io n a l A u t ó n o m a d e M ó x ic o , 1 9 9 4 ). 2 S a lv a d o r N o v o , 3 M a r g it F re n k , Las aves en la poesía castellana, C harla de pájaros, p p . 3 -4 . 312 p . 11. ( M é x ic o : U n iv e r s i­ x v i ii , o , s i a c a s o , d e la s e g u n d a m i t a d d e l x v n . S e r í a e n t o n c e s c u a n d o c o m e n z a ría n a p e n e tra r e n e s e g é n e ro p o p u la r h is p á n i­ c o lo s e c o s d e a q u e l e x u b e r a n te p u l u la r d e a v e s d e la c u ltu r a in d íg e n a .4 T o d a s e s ta s a v e s se a s o c ia n f re c u e n te m e n te a s itu a c io n e s e ró tic a s ta n to e n e l c a n c io n e ro p o p u la r h is p á n ic o c o m o e n e l c a n c io n e r o m e x ic a n o .5 D a d a s u im p o r ta n c ia , e n e s te a rtíc u lo m e p r o p o n g o h a c e r u n a n á lis is d e a lg u n o s m o tiv o s e ró tic o s d o n d e a p a re c e n la s a v e s e n e l c a n c io n e ro p o p u la r m e x ic a n o c o n te m p o rá n e o y r e la c io n a rlo s c o n la tra d ic ió n p o p u la r m e ­ d ie v a l h is p á n ic a , c o n tr a s ta n d o la s p a r tic u la r id a d e s d e l p r im e ­ ro fre n te a l se g u n d o . Jm s aves de la caza de amor C o m o r e s u lta d o d e la e s tr e c h a c o n v iv e n c ia e n tr e la lír ic a c u lta y la p o p u la r h is p á n ic a s d e lo s s ig lo s x v - x v n a p a r e c e u n n u e v o e s tilo p o é tic o p o p u la r d o n d e c o e x is te n e le m e n to s p ro v e n ie n te s d e a m b a s t r a d i c i o n e s . U n e j e m p l o d e e ll o e s e l m o t i v o d e la c a z a d e a m o r, al p a re c e r d e o rig e n c u lto , y m u c h o m á s a b u n ­ d a n te e n e l ro m a n c e ro , d o n d e lo s a m a n te s s o n id e n tific a d o s c o n la s a v e s y s u d e s e o r e p r e s e n ta d o e n la a c c ió n d e la c a z a .6 G e n e ra lm e n te , la s a v e s d e r a p iñ a s im b o liz a n a l h o m b re a m a d o y la s a v e s fin a s a la m u je r; c o m o s e o b s e r v a e n la lír ic a p o p u la r 4 M a r g it F re n k , Charla de pájaros ; p. 20. 5 E s ta a s e v e r a c ió n e s c o m p a r tid a p o r C a rlo s M a g is , q u ie n o p in a q u e " E l a m o r e s la p re o c u p a c ió n fu n d a m e n ta l d e to d a e s ta p o e s ía , y c a s i la to ta lid a d d e lo s te ­ m a s p o s ib le s p a re c e n e x is tir e n fu n c ió n d e e s ta v iv e n c ia c a p ita l” lar contem poránea, (La lírica p o p u ­ M é x ic o : E l C o le g io d e M é x ic o , 1 9 6 9 , p . 6 6 ). 6 E l m o tiv o d e la c a z a a p a re c e e n u n a g ra n d iv e rs id a d d e c u ltu ra s d e s d e la A n ti­ g ü e d a d . T ie n e u n c a r á c te r d u a l y a q u e e n a lg u n a s c u ltu r a s la c a z a se e n tie n d e c o m o u n a b ú s q u e d a d e lo e s p ir itu a l y e n o tr a s r e p r e s e n ta la s a tis f a c c ió n d e lo s p la c e r e s s e n s u a le s ( C h e v a lie r- G h e e rb r a n t, D iciionnaire des Sym boles, s.v. chas se). tim o s e n tid o e s e l q u e re c o g e e l c a n c io n e ro m e x ic a n o . 313 E s te ú l ­ m e d ie v a l, d o n d e lo s a m a n te s s o n r e p re s e n ta d o s p o r e l h a lc ó n y la g a r z a r e s p e c tiv a m e n te . D e e s ta m a n e r a la s e d u c c ió n y c o n ­ q u i s t a s e d e s c r i b e e n t é r m in o s d e la c a z a : 7 H a lc ó n q u e s e a tre v e c o n g a r^ a g u e rre ra p e lig ro s e s p e r a ( C 5 1 4 ). S i ta n to s m o n te ro s la g a r^ a c o m b a te n j p o r D io s , q u e la m a te n ! ( C 5 1 6 ) . O tra s v e c e s b a s ta s u g e rir la e s c e n a a tra v é s d e la im a g e n d e la s h e r id a s d e a m o r y lo s g r ito s d e d e s e o M a l fe rid a iv a la g a rg a e n a m o rad a s o la v a y g rito s d a v a ( C 5 1 2 a ).s En la lír ic a p o p u la r m e x ic a n a a c tu a l la e s c e n a d e la c a z a p e rv iv e a u n q u e a d a p ta d a a n u e v a s r e a lid a d e s , ta n to e n la p r e ­ s e n ta c ió n d e l m o tiv o c o m o e n la s e s p e c ie s d e a v e s q u e se a s o ­ c ia n a é l. D e m o d o fre c u e n te e l h o m b re a p a re c e com o un c a z a d o r y la m u je r c o m o u n a v e , p e r o e n e s te c a s o u n a v e m e ­ n o s a ris to c r á tic a c o m o la p a lo m a : S o y tir a d o r , q u e a la s a v e s le s tir o e n la lo m a ; 7 T o d a s la s c a n c io n e s a n tig u a s h a n s id o to m a d a s d e M a r g it F rc n k . la antigua lírica popula hispánica (siglos xv a xvu) q u e a p a r t i r d e a h o r a m e r e f e r i r é c o m o C. C orpus de (M a d rid : C a s ta lia . 1 9 8 7 ), a l 5 L o s g r ito s ta n to d e la s a v e s c o m o d e la s m u je r e s e n la im a g in e r ía e r ó t ic a d e l c a n c io n e ro p o p u la r m e d ie v a l h is p á n ic o h a n d e l d e s e o s e x u a l (M a rg it F rc n k , s id o in te rp re ta d o s c o m o m u e s tra s Syin bolista in O íd Spanish F olksongs. E id e r L e c tu re , 4 , L o n d re s : D e p a rtm e n t o f H is p a n ic S tu d ic s . Q u c c n W c s tfíc ld C o llc g c . 1 9 9 3 , p . 1 9). 314 T h e K a tc M ary and c h a p a r r ita d e m i v id a , p a re c e s u n a p a lo m a (CFM 9 5 ) .9 N ó te s e q u e e n e l c a n ta r m e d ie v a l to d o e s n a rra d o p o r u n te r­ c e r o , m ie n tr a s q u e e n la c o p la m e x ic a n a la e s c e n a e s n a r r a d a p o r e l h o m b r e q u e s e h a i d e n t i f i c a d o c o n e l c a z a d o r . 10 E n a lg u n a s c o p la s la c a z a d e a m o r s e e x p re s a d e u n m o d o f ra n c a m e n te e ró tic o , d o n d e e s c a s i e x p líc ita la in te n c ió n s e x u a l. U n e je m p lo d e e llo e s e l s ig u ie n te te x to e n e l c u a l e l lo c u to r e x p re s a su d e s e o d e tra n s fo rm a rs e en a v e d e ra p iñ a p a ra p o d e r c o m e r s e a la m u je r a h o ra tra n s fo rm a d a e n s u p re s a . N ó te s e c ó m o d o s e le m e n to s a u m e n ta n la s e n s u a lid a d d e l m o tiv o : p o r u n la d o , la e le c c ió n d e l a v e q u e r e p r e s e n ta a la m u je r, c o m o e n e s te c a s o d o n d e s e h a e le g id o a u n a p o lla ; p o r o tr o la d o , s e u tiliz a e l v e rb o com er ,; c u y o s e n tid o s e x u a l e s a m p lia m e n te c o n o c id o : ¡ A y ! , p o l l a s d e Y a t ip á n , q u e c h u la s s e e s tá n p o n ie n d o ; q u is ie ra s e r g a v ilá n p a ra o s lá rm e la s c o m ie n d o 9 ( CFM 2 6 1 7 ) . 11 T o d a s la s c o p la s m e x ic a n a s c o n te m p o r á n e a s f u e r o n r e c o p ila d a s e n M a r g it F re n k et al., C ancionero fo lkló rico de M éxico, 5 v o ls . (M é x ic o : E l C o le g io d e M é x ic o . 1 9 7 5 -1 9 8 5 ) ; o b r a a la q u e d e a h o r a e n a d e la n te m e r e f e r ir é c o m o CFM. 10 L a p a l o m a e s u n a d e l a s i m á g e n e s c o n m a y o r f r e c u e n c i a d e s i g n a a l a m u j e r . E l s i m b o l i s m o d e l a p a l o m a e s m u y v a r i a d o , p e r o g e n e r a l m e n t e s e a s o c i a c o n la p u r e z a y la in o c e n c ia . (B e ry l R o w la n d . Sym bolism , Birds with H um an Souls: A C uide lo B ird s.v. dove. Q u e K n o x v ille : T h e U n iv e rs ity o f T e n n e s s e e P re s s , 1 9 7 8 ), e x is la u n p re d o m in io d e la p a lo m a n o e x c lu y e q u e e n o tr a s c o p la s d e l c a n c io n e ro tr a d ic io n a l d e M é x ic o s e n o m b r e n m u y d iv e r s o s tip o s d e a v e s y e n tr e e lla s a p a re z ­ c a la g a rz a , p e ro y a n o in s c rita d e n tr o d e l te m a d e la c a z a d e a m o r: P o r á h i v a la g a r z a d é je n la v o la r , v a lo m a n d o v ie n to p a ra d o b le g a r (C FM .V. n o 4 5 .2 8 ) “ L a g a rz a ” . 11 E l m o t i v o d e c o m e r e l a v e c o n s e n t i d o s e x u a l f u e e s t u d i a d o p o r A l a n D e y c r m o n d e n ‘" E l q u e q u i e r e c o m e r e l a v e ’ : M e l i b e a c o m o a r t í c u l o d e c o n s u m o " , e n Estudios R om ánicos dedicados al Prof. A ndrés Soria N oriega 315 (G ra n a d a : D e p a rta - A l b u s c a r la c o m p a ra c ió n c o n u n a v e d e ra p iñ a p a re c e d a rle a l c re a d o r d e e s ta c o p la u n a m a y o r lib e rta d p a ra p o d e r e x p r e ­ s a r d e m a n e r a m á s d ir e c ta su d e s e o s in n e c e s id a d d e s e r p r o ­ s a ic o . L a m e tá fo ra s e c o m p le ta y e l h o m b re s e tra n s fo rm a e n e l a v e d e ra p iñ a e n a lg u n a s c o p la s . E s te tip o d e c o m p a r a c io n e s a b u n ­ d a s o b re to d o e n lo s c a n ta re s d o n d e e l h o m b re s e ja c ta d e su h o m b ría , a la rd e a d e s u v a le n tía o a la b a su p o d e r d e s e d u c c ió n , g e n e ra lm e n te a p a re c e s im b o liz a d o p o r u n g a v ilá n . D e n u e v o , e n el p r im e r te x to , s e u tiliz a u n v e rb o r e la c io n a d o c o n la a c c ió n d e c o m e r c o n u n s e n tid o n e ta m e n te s e x u a l c o m o e s s a b o rea r:12 S o y p á ja r o v ilá n d e m i lin d o p la ta n a l; u n b e s ito te h e d e d a r e n e s e p ic o e m b u s te ro , q u e h a s ta te h a s d e s a b o r e a r (CFM 1 5 2 4 ). S o y u n g a v ilá n p o lle ro q u e h a b ita p o r la s b a rra n c a s ; s ie n d o p o r la q u e y o q u ie ro , h a s ta m e b r in c o la s tra n c a s ; a u n q u e se a y o m u y n e g ro , a m í m e g u s ta n la s b la n c a s (CFM 2698) S o y á g u ila re a l d e l m o n te , g a v ila n c illo d e l v ie n to ; so y a m a n te d e la s m o re n a s m e n tó d e F ilo lo g ía H is p á n ic a . 1 9 8 5 ). V e á sc ta m b ié n m i e s tu d io “ S y m b o lis m a n d S o m e O th e r A s p e c ts o f T ra d itio n a l L y ric s ” , p p . 2 4 5 -2 5 8 . 12 P i e n s o q u e e n e s t a s c o p l a s m u y s e x u a l e s e l a v e f u n c i o n a c o m o m e t á f o r a y n o h a b la p o r s í m is m a c o m o e n o tra s o c a s io n e s , s ie n d o e n e s te c a s o in f lu id a p o r e l d o b le s e n tid o . E l a v e q u e h a b la e s u n o d e lo s ra s g o s o r ig in a le s d e l c a n c io n e ­ ro m e x ic a n o fr e n te al p e n in s u la r a n tig u o y al p a n h is p á n ic o (F re n k , p ájaros . p . 1 7). 316 C hurla de y ta m b ié n d e la s q u e m e e n c u e n tro . c o n d in e ro , n o c o n se ñ a s, a m ig o , p o r á h i v a e l c u e n to (CFM 2 5 9 8 ) . 13 E n o tr a s c o p la s e l lo c u to r m is m o s e e q u ip a ra c o n u n a v e d e c a r r o ñ a c o m o e l z o p ilo te . E n e s te ú ltim o c a s o , lla m a la a te n ­ c ió n q u e s e a u n p á ja r o c o n ta n p o c o g a rb o y d e c o n n o ta c io n e s n e g a tiv a s . Q u iz á e s to s e e n tie n d e m e jo r si p e n s a m o s e n lo s a n te c e d e n te s p r e h is p á n ic o s . E n la c u ltu r a m a y a e l z o p ilo te e r a c o n s id e r a d o c o m o u n a d e id a d c o n u n a c o n n o ta c ió n d u a l, y a q u e s e a s o c ia b a c o n la m u e r te p o r q u e e r a e l d e v o r a d o r d e c a d á ­ v e re s ; p o r e l o tro e s u n s e r q u e lle v á n d o s e lo m u e rto p r e s e r v a ­ b a l a v i d a . 14 G e n e r a l m e n t e e l b u i t r e c u m p l e l a m i s m a f u n c i ó n e ró tic a que e l g a v ilá n en la s c o p la s a s o c ia d a s a la c a z a d e a m o r: P a lo m a b la n c a , ¿ q u é a n d a s b u s c a n d o ? ¿ q u é a n d a s b u s c a n d o p o r la b a r r a n c a ? a u n z o p ilo te le e s tá s g u s ta n d o , p a lo m a b la n c a d e Ix ta p a la p a (CFM 6 0 4 3 ). Y o y to d o s lo s z o p ilo te s a n d a m o s a la d e riv a : e llo s b u s c a n c a rn e m u e rta y y o b u s c o c a rn e v iv a . ¡A y , D i o s ! ¿ q u é t e n d r á n l a s v i e j a s , q u e s in e lla s m o r ir ía ? ¡A y , v ie ja s , v ie jita s m ía s ! ( C F M 2 5 5 9 ) . E n e s te ú ltim o te x to , s e p u e d e o b s e rv a r q u e e l é n fa s is m is ó ­ g in o c o m ie n z a d e s d e la id e n tif ic a c ió n d e l lo c u to r c o n u n a v e q u e t ie n e c o n n o ta c io n e s n e g a tiv a s . L a a g r e s iv id a d d e la c o p la 13 V é a n s e o t r o s e j e m p l o s d o n d e e ! h o m b r e a p a r e c e c o n v e r t i d o e n g a v i l á n y s e ja c t a d e s u h o m b ría : 2 7 2 5 b is . 2 7 2 6 , 2 7 2 7 . 14 M e r c e d e s d e l a G a r z a , Aves sagradas de los m ayas ( M é x ic o : F a c u lta d d e F i­ lo s o fía y L e tr a s , In s titu to d e In v e s tig a c io n e s F ilo ló g ic a s . 317 1 9 9 5 ), p p . 8 1 -8 9 . d is m in u y e c o n e l ú ltim o v e rs o d o n d e e l d im in u tiv o “ v ie jita s ” d a u n t o n o a l e g r e y c a r i ñ o s o . 15 C o m o h e m o s v is to , e l m o tiv o d e la c a z a d e a m o r a p a re c e c o n p o c a fre c u e n c ia y m o d ific a d o a la s n u e v a s c irc u n s ta n c ia s d e l c a n c io n e ro m e x ic a n o c o m o so n la s c o p la s d o n d e e l h o m b re a la rd e a d e s u h o m b ría . L a cárcel d e a m o r y la cadena de a m o r E l m o tiv o d e la c á r c e l d e a m o r p r e f e r id o p o r la lír ic a c o r té s m e d ie v a l s e r e to m a e n lo s c a n ta re s p o p u la r e s m e d ie v a le s h is ­ p á n ic o s , c o m o e n la s ig u ie n te c a n c ió n P r e s o m e lo lle v a n a m i lin d o a m o r, p o r e n a m o rad o , q u e n o p o r tra id o r (C 4 9 1 ). E l m o tiv o n o e s f r e c u e n te e n e l c a n c io n e r o m e x ic a n o , s in e m b a r g o e s in te r e s a n te o b s e r v a r e n la s c o p la s d o n d e a p a re c e 15 U n a a c t i t u d c o m p l e t a m e n t e d i f e r e n t e m u e s t r a e l l o c u t o r e n l a s c o p l a s a q u e ­ lla s q u e s i r v e n d e p ir o p o d e la m u je r p r e te n d id a . A lg u n a s v e c e s m á s q u e n o m b r a r un ave q u e s e id e n tif ic a d ire c ta m e n te c o n la b e lle z a d e la m u je r s e tr a ta de e n f a tiz a r la c o n a d je tiv o s re b u s c a d o s : P r e c io s a a v e lu c id a tu m ira d a a m í m e e n c a n ta ; si tú e re s c o m p a d e c id a , r e g á la m e u n a flo r s a n ta q u e e n el p e lo tra e s p re n d id a (C FM 1 2 5 9 ). S i la p a lo m a q u is ie r a h a c c r u n tra to c o n m ig o , e lla f u e r a m i m u je r y y o fu e ra su m a rid o (C F M 2 2 6 1 ). C o m o h e m e n c io n a d o a n te s , la p a lo m a e s u n a d e la s a v e s q u e p re d o m in a n c o m o m e tá f o r a d e la m u je r, im a g e n c u y a tr a d ic ió n s e r e m o n ta a la lír ic a m e d ie v a l ta n to r e lig io s a c o m o e r ó tic a (v é a s e n o ta 5 ). S e p u e d e a ñ a d ir q u e e n e l lé x ic o c o lo ­ q u ia l s e le ll a m a “ b u it r e " a l h o m b r e q u e c o q u e te a y s e d u c e m u je r e s a je n a s , s i g n if i­ c a d o m u y c e r c a n o a l d e la c o p la . 318 la s a d a p ta c io n e s q u e h a n o c u rrid o , c o m o e n la s c o p la s d e l c a n ­ c io n e r o m e x ic a n o d o n d e e l e n a m o r a d o h a s id o ta m b ié n tr a n s ­ f o rm a d o e n a v e . U n e je m p lo d e e llo s e r e la c io n a c o n e l m o tiv o d e l a c á r c e l d e a m o r : 16 A l g o rrió n h e rm o s o del b u ch e en cam ad o s e lo lle v a n p re s o p o r e n a m o rad o (CFM 5 9 8 2 ). E n o t r a c o p la a p a r e c e e l m o tiv o d e la c á r c e l d e a m o r j u n to c o n e l m o tiv o d e l a v e m e n s a je ra : P á ja ro q u e v a s v o la n d o , q u e e n e l p ic o lle v a s flo re s , le lle v a rá s e s ta c a rta al d u e ñ o d e m is a m o re s . S i a c a s o te p r e g u n t a r e n q u ié n e s c rib ió e s to s re n g lo n e s , le s d irá s q u e e s u n a m o r q u e e s tá m e tid o e n p r is io n e s (CFM 2 2 7 9 b ). E l m o tiv o d e la c a d e n a d e a m o r e s m e n o s e v id e n te e n o tra c o p la d o n d e s e la m e n ta la s u e r te d e l a m a n te q u e e s a to r m e n ta ­ d o p o r e l c a n t a r d e la c a la n d r ia , e l a v e d e l a m o r y d e l a a le g r ía , c u y o c a n ta r se e s c u c h a d e s d e lo s c o m ie n z o s d e la p o e s ía h is ­ p á n i c a : 17 16 L o s c e r n a s d e l a c a 7 a d e a m o r y l a b a t a l l a d e a m o r “ o c c u r in a m a t o r y , m o r a l i s t i c a n d d c s 'o t i o n a l c o n t e x t . T h e y m a y b e c l a s s i f i e d i n t o t h r e e c a t e g o r i e s : b a tt le o r s i e g e ; im p r is o n m e n t; a n d e x ile s . In th e c o u r tly ly r ic th e y s e r v e to d e f i­ n e t h e i n n e r s t r i f e p r o v o k e d b y s u b s e r v i e n c e o f t h e l o v e r ’s w i l l t o t h a t o f h i s b e lo v e d , a n d th e e x p e rie n c e o f a lie n a tio n B o a s e , " I m a g e r y o f L o v e , D e a th a n d X im é n e z d c U r r e a (1 4 8 6 -c . 1 5 3 0 )” , caused by F o rtu n e BH S , u n re q u ite d lo v e " (R o g e r in t h e p o e t r v o f P e d r o M a n u e l 7 8 (1 9 8 0 ), p. 23. 17 E l c o n t r a s t e e n t r e l a n a t u r a l e z a a l e g r e y l a t r i s t e z a d e l e n a m o r a d o f o r m a p a r ­ te d e lo s m o t iv o s h e r e d a d o s d e la lír ic a c u lta . P r e d o m in a s o b r e to d o e l c a n ta r d e l 319 C a n ta , c a la n d r ia , y n o llo re s , n o m e e s té s a to rm e n ta n d o e n e l j a r d ín d e la s flo re s te vi u n a ta r d e c a n ta n d o e s ta c a d e n a d e a m o re s (CFM 6 0 9 4 ). L a e s c a s a f re c u e n c ia d e lo s m o tiv o s m e n c io n a d o s e n la s c o ­ p la s s e ñ a la q u e e s to s h a n p e rd id o a c tu a lid a d e n e l c a n c io n e ro c o n te m p o rá n e o . E l a v e m en sa jera L a a u s e n c ia d e u n o d e lo s a m a n te s lle v a a l o tr o a b u s c a r e n la n a tu ra le z a a y u d a n te s q u e h a g a n lle g a r s u m e n s a je d e a m o r a l a m a d o o la a m a d a . U n a d e la s s o lu c io n e s c o n m á s tra d ic ió n s o n la s a v e s c o m o m e n s a je r a s d e lo s e n a m o r a d o s . E s s u f ic ie n te r e c o r d a r a q u í la c o n o c id ís im a c o p la q u e M e lib e a c a n ta e n la C elestin a , q u e y a d e a m b u la b a d e s d e h a c ía tie m p o e n la líric a tra d ic io n a l: P a p a g a y o s, ru y se ñ o re s q u e c a n tá y s al a lv o r a d a lle v a d n u e v a a m is a m o re s , c ó m o e s p e ro a q u í a s s e n ta d a ( C 5 7 0 ). E n e s te te m a e x is te n c a n ta re s c u y a s im ilitu d te x tu a l m u e s tra c ó m o ta m b ié n a lo la r g o d e la s c e n tu r ia s a lg u n a s c o p la s s e p r e ­ s e rv a n c a s i s in m o d ific a c io n e s : p a ja r illo q u e re c u e r d a a l e n a m o r a d o c u á n g ra n d e e s su p e n a a h o r a ( P ic ro B o ila n i. The Tragic a n d the Sublim e in M edieval Literature, C a m b rid g e : U n iv c rs ily P re s s . 1 9 8 9 ). V é a s e , p a r a la la r g a tr a d ic ió n d e la c a la n d r ia e n la p o e s ía h is p á n ic a . D a n ie l D e v o t o , ‘' C a l a n d r i a s y r u i s e ñ o r e s ( s o b r e l o s v e r s o s s i e m p r e n u e v o s d e l r o m a n c e r o v ie jo )" , B ulletin H ispa ñique, 9 2 (1 9 9 0 ) , n ú m . 1. p p . 2 5 9 -3 0 7 . 320 Á g u ila q u e v a s b o la n d o lle v a e n e l p ic o e s ta s f lo r e s d á s e la s a m is a m o re s d ile c ó m o e s to y p e n a n d o ( C 5 7 1 ). E l a v e q u e lle v a e l m e n s a je d e a m o r a lo s e n a m o r a d o s e s u n m o tiv o fre c u e n te e n el c a n c io n e ro m e x ic a n o d o n d e a p a re c e n d e s d e e l Á g u i l a h a s ta la p a lo m it a c o m o m e n s a j e r a s . A lg u n a s v e c e s la s a v e s lle v a n n o tic ia s e n f o r m a d e h ilo , d e c a r ta , o ta n s ó lo e l m e n s a je d ic h o p o r e l o la a m a n te . E s in te r e s a n te a n o ta r q u e la s ig u ie n te c o p la e s u n a p e r v iv e n c ía te x tu a l d e u n c a n ta r m e d ie v a l: Á g u ila q u e v a s v o la n d o y e n e l p ic o lle v a s h ilo d á m e lo p a ra c u ra r e s te c o ra z ó n h e rid o (CFM 2 1 1 7 ). L la m a n la a te n c ió n la s c o p la s d e v o z f e m e n in a c o n e s te m o ­ tiv o , y a q u e ta n to e n e l c a n c io n e r o p o p u la r m e x ic a n o , c o m o e n o tro s c a n c io n e ro s tra d ic io n a le s c o n te m p o rá n e o s y c o n tra ria ­ m e n te a lo q u e o c u rr e e n e l c a n c io n e ro a n tig u o m e d ie v a l p e n in ­ s u la r , la v o z d e la m u je r e s c a s i im p e r c e p tib le . P o r lo a n te r io r se p u e d e c o n c lu ir q u e la p r e s e n c ia d e la v o z d e la m u je r m a r c a el a rc a ís m o d e e s ta s c o p la s : P á ja ro q u e v a s v o la n d o q u e e n e l p i c o lle v a s flo re s le lle v a r á s e s t a c a r ta al d u e ñ o d e m is a m o re s ( CFM 2 2 7 9 b ). Á g u ila q u e v a s v o la n d o q u e v a s p a ra N u e v o L eó n , le d ic e s a m i n e g rito q u e m e m a n d e el c o ra z ó n 321 (CFM 2 1 9 1 ). E n o tra s c o p la s lo lú d ic o s e im p o n e al m o tiv o d e l a v e m e n ­ s a je ra , d o n d e e l p e rs o n a je e s u n a n e g rita : P a ja r ito , r ito rito , p á ja ro v a q u e ro q u e ro , a n d a , d ile a m i n e g rito (CFM q u e y o to d a v ía lo q u e r o 2 2 9 0 ) . 1S L a m a y o r ía d e la s c o p la s d o n d e e x is te e l m o tiv o s o n e n u n ­ c ia d a s p o r u n a v o z m a s c u lin a . E n tre la s e s p e c ie s e le g id a s p o r e l a m a n te c o m o m e n s a je r a s s o b r e s a le n la p a lo m a y u n a v a r ie ­ d a d d e p a ja rillo s lla m a d o s p o r s u c o lo r (e l a z u l, e l ro jo ), p o r su b e ll e z a ( e l r e b o n i t o ) , p o r la h o r a d e s u a p a r ic ió n (e l m a ñ a n e r o ) , o lu g a r d e p ro c e d e n c ia (b a rra n q u e ñ o , m a d rile ñ o ): P a ja r ito ro jo , p á ja ro m a ñ a n e ro , si q u ie r e s q u e te c a n te , a b re tu s a lita s p a ra te n d e r e l v u e lo : v e a v e r a m i n o v ia , d ile lo q u e la q u ie r o (CFM 2 2 9 3 ). P a lo m a d e a la s a z u le s , t i e n e s tu p i q u i t o d e o r o ; to m a y llé v a le e s ta c a rta a la j o v e n q u e y o a d o ro . N o s e la s v a y a s a d a r d e la n te d e lo s s e ñ o re s ; p r o c u r a q u e a n d e s ó lita , e n tr e la s flo re s (CFM 2 2 8 0 ). M u y p o c a s v e c e s a p a re c e n o tra s e s p e c ie s d e a v e s c o m o el s ilg u e ro o el c h u p a rro s a : 18 P a r a o t r a s v e r s i o n e s v e á s e e n e l to m o Cancionero fo lkló rico d e M éxico en el 1, la s e c c ió n “ to m a , llé v a le e s ta c a r ta ” lo s n ú m e r o s : 2 2 7 9 * . 2 2 8 1 . 2 2 8 2 . 2 2 8 4 , 2 2 8 5 . 2 2 8 7 . 2 2 8 8 , 2 2 8 9 . 2 2 9 2 .2 2 9 4 .2 2 9 5 , 2 2 9 7 . 322 P a ja rillo s ilg u e ro , p r e s ta tu s a la s , p a ra lle v a rle u n re c u e rd o a m i a d o ra d a (CFM 2 2 8 6 ). V u e la , v u e la , c h u p a rr o s a , y n o d e je s d e v o la r, a n d a d ile a m i a m o rc ito q u e ya n o m e h ag a e sp era r (CFM 2 2 9 6 ). E n e l c a n c io n e ro p o p u la r m e x ic a n o a p a re c e o tra v a ria n te d e l te m a . E l a v e m e n s a je r a s e p u e d e c o n v e rtir e n u n a a m e n a z a ; c u a n d o e s to s u c e d e , e l a v e y a n o s e v e d e u n m o d o id ílic o s in o q u e s e la tr a ta c o m o a u n a c h is m o s a . D e e s ta m a n e r a , e n u n a c o p la e l a v e m e n s a je ra , a n te s u n a e le g a n te á g u ila , s e c o n v ie r te e n u n a c o to r r a d e p ic o c h u e c o y c u a lq u ie r p a la b ra d e m á s p o n e e n c o m p r o m is o s u v id a : C o to rra d e l p ic o c h u e c o p rim a h e rm a n a d e l p e ric o , si d e n u n c ia s m is a m o re s q u e m e tr a je d e T a m p ic o , te h e d e c o r r e r d e m i m ilp a , o si n o , te c o r to e l p ic o (CFM 6 1 0 8 ). L a s c o p la s d e l c a n c io n e ro m e x ic a n o m u e s tra n u n a g ra n v e r­ s a tilid a d e n la a d a p ta c ió n d e l m o tiv o y a q u e p u e d e p r e s e n ta r s e d e s d e u n m o d o id ílic o , p a s a n d o p o r e l d o b le s e n tid o , h a s ta u n t o n o b u r ló n . A d e m á s , l l a m a la a te n c ió n la f a c i li d a d d e c o m u ­ n i c a c ió n y la f a m i l i a r i d a d e n tr e e l h o m b r e y la s a v e s . E l a ve c o m o sím b o lo se xu a l E n e s te b re v e r e c o r r id o d e m o tiv o s n o p u e d e d e ja r d e m e n ­ c io n a rs e q u e la fig u ra d e l a v e tie n e ta m b ié n 323 c o n n o ta c io n e s s e x u a le s e n la s c o p la s y, s o b re to d o , e n c o p la s b u r le s c a s y s a tí­ r ic a s . L a a s o c ia c ió n d e l a v e c o n lo s g e n ita le s o c u r r e y a e n lo s c a n ta re s m e d ie v a le s p o p u la re s d o n d e s e e n c u e n tra e l to rd o c o m o s ím b o lo d e lo s g e n ita le s f e m e n in o s : S e is r e a le s d a n p o r e l to rd o d e J u a n a s e is p o r e l p ic o y s e is p o r la la n a ( C 1 7 4 1 ). M ie n tr a s q u e e n e l c a n c io n e r o m e x ic a n o se u tiliz a la im a g e n d e l p á ja r o c o m o e u f e m is m o p a r a lo s g e n ita le s d e l h o m b r e , m e ­ t á f o r a q u e e s m u y u s a d a d e n t r o d e l d i s c u r s o d e a l b u r : 19 U n p a ja rito v o ló a l in te rio r d e u n c o n v e n to y la s m o n jita s g o z a b a n c o n e l p a ja rito a d e n tro (CFM 5 6 9 4 ). L a c o n n o ta c ió n fá lic a d e l a v e p re d o m in a e n el c a n c io n e ro m e x ic a n o , h e c h o q u e p a re c e re s p o n d e r a la m a s c u lin iz a c ió n d e la s v o c e s d e la s c o p la s , c o m o s u c e d e e n o tr o s c a n c i o n e r o s h i s ­ p á n ic o s . C onclusión D e e s ta m a n e ra e s p e ro h a b e r d e m o s tra d o q u e lo s e n c u e n tro s e n tre e l c a n c io n e ro p o p u la r h is p á n ic o m e d ie v a l y e l c a n c io n e ro p o p u la r m e x ic a n o s o n m ú ltip le s y v a ria d o s . A d e m á s ta m b ié n 19 V e á s e q u e e x i s t e e s t a m i s m a c o n n o t a c i ó n e n e l c a n c i o n e r o p o p u l a r g a l l e g o c o n te m p o rá n e o : O m c u p a x a riñ o . n e n a s, v o a n -o v o so s a rb o re d o . c o r r c n d o d e p o la e n p o la b r in c a n á p o a l d ó m e d io . (J o s ó P é re z B a lle s te ro , ruña. Cancionero popular galego y en pa rticu la r de I m C o - V i g o : G a l a x i a . 1 9 7 9 , t. I I . p . 3 1 , n ú m . 5 3 ) . 324 h e m o s v is to q u e a lg u n o s m o tiv o s d e la r g a tr a d ic ió n — la c a z a d e a m o r, la s a v e s m e n s a je ra s y e l a v e c o m o s ím b o lo s e x u a l— s o n a d o p ta d o s p o r el c a n c io n e ro y a d a p ta d o s a s u s ra s g o s p a r ­ tic u la r e s c o m o s o n : la v a r i e d a d d e la s a v e s , la e s t r e c h a r e la c ió n e n tr e e l h o m b r e o la m u je r y e l e n to r n o , la s e n s u a lid a d y u n a f re c u e n te u tiliz a c ió n d e d im in u tiv o s . A s im is m o h e m o s n o ta d o q u e o tr o s m o tiv o s , c o m o la c á r c e l o la c a d e n a d e a m o r , s o n escasos. C a b e a g r e g a r q u e la g ra n f r e c u e n c ia d e l m o tiv o d e l a v e c o m o m e n s a je ra d e a m o r e n e l c a n c io n e ro m e x ic a n o p o d ría d e b e rs e ta m b ié n a la c e r c a n ía c o n tr a d ic io n e s c o m o la in d íg e n a , d o n d e la s a v e s tie n e n u n a p a p e l c e n tra l. E s te a rtíc u lo n o p r e te n d e a g o ta r lo s c o n ta c to s e n tr e la tr a d i­ c ió n m e d ie v a l y la c a n c ió n m e x ic a n a p o p u la r, s in o a p u n ta r a lg u n o s d e lo s ra s g o s q u e p u e d e n r e v e la r la p a r tic u la r id a d y s e m e ja n z a d e l c a n c io n e ro m e x ic a n o a c tu a l c o n la s tra d ic io n e s q u e lo p re c e d ie ro n . 325